Na verdade, verdadeira, não é uma subregião, mas uma denominação de origem, uma AOC. O que quero dizer com “sub” é que ela está dentro de Bordeaux e é muito menos conhecida do que outras logo ao lado.
Refiro-me a Premières Côtes de Blaye, uma pequena AOC no nordeste de Bordeaux. Geralmente os vinhos levam uma porcentagem alta de merlot no corte, mas neste caso, ele é 100%, o que, em si, é raro de encontrar. O nariz tem um toque de café com leite, chocolate recheado de cereja e uma notinha tostada, meio mineral. Na boca tem estrutura, extrato, fruta, acidez delicada. É um pouco quente, com um toquezinho amargo no final, mas nada incômodo.
Essas regiões são sempre excelentes dicas para fugir dos preços das zonas mais conhecidas e super valorizadas. Segundo o site da Cave Jado, esta propriedade foi citada ” no Féret (famoso guia dos vinhos de Bordeaux) na edição de 1874″
A importadora, Cave Jado, vem fazendo um trabalho sério, mas sem alarde, “low profile” e consistente trazendo rótulos de regiões francesas que geralmente não têm destaque. Todos os sábados organizam degustações de seus vinhos, assim dá para provar antes de comprar. Essencial. E, pelo menos neste caso, o preço é excelente. Château Fredignac 2007. R$ 49,00. Vai lá