Fazia muito, muito tempo que não tomava um Pouilly Fumé dos grandes. Estou fazendo isto agora mesmo, numa sexta feira de temperatura perfeita, nem quente nem fria, apenas perfeita.
No nariz, terroir líquido e a fruta. Sauvignon blanc no seu estado mais puro e mineral. Primeiro o maracujá verde, pungente, depois o giz,um mineral impressionante. Depois, vai abrindo, ficando menos frutado e mais mineral, com cheiro de areia molhada, casca de ostra e pedra. Ele vai ficando mais completo conforme fica mais tempo aberto. É bom decantar.
Na boca, muita cremosidade, um certo calor, é firme no álcool. Tem ótima acidez e frescor. Não é extremamente longo, mas está longe de ser curto. Mais do que o sabor, o que fica na boca é uma untuosidade, a textura agradável.
Pouilly Fumé é uma denominação de origem na parte mais continental do vale do Loire, na França. O clima continental, marcado por verões secos e ensolarados, de noites frias, ajudam a Sauvignon blanc a amadurecer bem, mantendo a típica acidez.
Os solos lá são super conhecidos pela mineralidade. Estão dividos em 4 tipos: os calcários de Villiers, com pedrinhas calcárias pequenas. Os calcários do Barrois, que têm pedras calcárias maiores e mais duras, são solos secos e pobres, e com quase nada de depósitos fósseis. Depois estão as Margas com ostras, fósseis de ostrinhas de 160 milhões de anos atrás, quando ali era um mar. São solos mais frios. E as argilas com sílex, super famosas pelos aromas minerais que aportam ao vinho. Têm pedras grandonas, de 5 a 20 centímetros.
Vale a pena dar uma olhada nas fotos desses solos no site oficial da AOC
Combinou perfeitamente com costelinhas de porco no forno. Perfeitamente!
Eu ganhei o vinho de presente, então não sabia o preço. Fui olhar. Está à venda na Vinci