Sashimi de kobe beef com alho crocante
Tsuyoshi Murakami
Aos 6 anos, Tsuyoshi Murakami, 44, já sabia fazer o tradicional onigiri (bolinho de arroz). Com 18, o jovem decidiu morar no Japão especialmente para cozinhar. “Depois da experiência, ainda passei por Nova York e Barcelona”, conta. De volta ao Brasil em 1994, Tsuyoshi conheceu o tradicional restaurante paulistano Kinoshita e se casou com Suzana, 50, filha do dono (Toshio Kinoshita). “No balcão, tinha carta branca para criar o que quisesse, claro, mantendo a base japonesa”, explica ele, que hoje comanda o lugar. Na receita desta edição, a escolha foi o kobe beef, considerada a melhor e mais cara carne do mundo (no Brasil, o quilo custa cerca de 200 reais). “A raça é 100% japonesa. O bife é mais doce, macio”, diz. A vaca é tratada à base de uma mistura de grãos e cevada. Além disso, os animais recebem massagens, são escovados com saquê e escutam música clássica.
Esta receita é cheia de nuances. Em primeiro lugar, o kobe beef tem uma textura macia e é bem delicado. A passagem rápida pelo forno deixa o sabor ainda mais evidente. Já o shoyu dá um toque tostadinho e leve. Os brotinhos, na finalização, são refrescantes. Como a combinação é bem sutil, mesmo sendo carne, não dá nem para pensar em vinho tinto. Vamos escolher um branco intenso, que tenha um corpo cremoso para combinar com a textura do kobe beef. Frey-Sohler Riesling 2009 (R$ 55). Escolhi um estilo de vinho mineral. Seu aroma lembra algo de manteiga trufada. Na boca ele é frutado, com ótima acidez. Esse tipo é comum na Alsace, região da França. É uma zona fresca, mas muito ensolarada. Por isso os brancos desenvolvem essa característica frutada e também amanteigada.
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