Cordeiro mediterrâneo com húmus
Aniel Oppenheim
O mundo é o laboratório do chef paulistano Daniel Oppenheim, 38 anos. Ele passou nove anos longe do Brasil – seis em Paris, na França, e três e meio em Montreal, no Canadá. E está de volta ao país há três anos. “Cada desculpa que eu podia arrumar para viajar e conhecer lugares novos, e comer, claro, eu dava. Passei por Espanha, Itália, Inglaterra e também pela Ásia”, brinca o especialista. Para o chef do restaurante Mobili, em São Paulo, a gastronomia é muito mais do que a arte de cozinhar. “Eu adoro tentar servir mais do que comida. Para mim, conseguir chegar ao ponto de provocar alguma emoção em quem está provando o que eu fiz, é o que há”, confessa. Mas no domingo, seu único dia de folga, ele aproveita para apreciar outros sabores. Ou ele vai ao bairro da Liberdade ou para a casa da mãe. “A comida dela é ótima, então tenho que aproveitar”, diverte-se Daniel.
A paleta de cordeiro é uma das melhores receitas para a combinação com o vinho. Isto porque a carne tem gordura e está perto do osso. E é exatamente a gordura que ajuda a harmonização com diferentes tipos de vinho. Ela pede os mais encorpados, cheios de taninos. O osso perto dá uma nota defumada à carne, pedindo um estilo de aroma também mais defumado por parte do vinho. E, como a receita é estilo mediterrâneo, leva alecrim que é muito perfumado. Há vinhos encorpados que têm uma nota de alecrim e eucalipto muito marcada. Em geral, os climas frescos do Chile dão esse tipo de vinho, principalmente se for feito com a uva carménère. Então vamos escolher o Falernia Carménère (42 reais), que será o par ideal para esse prato delicioso.
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