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Impressionante como é dificil convencer as pessoas para que tomem vinho alemão.
O trauma da garrafa azul ficou tão profundo que mesmo gostando do vinho, as pessoas não têm coragem de assumir. Posso mostrar um grande vinho aos alunos, quando descobrem que é alemão, é inevitável a cara da nojo e vergonha…eca, vinho alemão…mesmo – minutos antes – tendo tomado o vinho às cegas e apreciado. Como educadora, é meu trabalho mostrar o que vêm fazendo os alemães sérios que acreditam em sua viticultura e trabalham duro para produzir ótimos vinhos.
Eis um exemplo. Bem mais caro que uma garrafa azul, mas é algo digno do que deve ser a boa viticultura alemã.
Um aroma super aberto e limpo, parecia uma barraca de frutas, ou uma salada de frutas brancas, pêssegos, maçãs vermelhas, com vários aromas misturados, bem intenso, sem ser enjoativo ou exagerado. Um toque mineral bem leve, lembrando um pouco de cal e algo gasoso. Na boca tinha uma doçura delicada de fruta branca também, ótima acidez, refrescante e fina e um picantinho, como se tivesse gás carbônico. Um final delicado, longo, saboroso, precioso.
Egon Müller Scharzhof 2009 – Riesling – Mosela, na Ravin
Riesling X Blue botlle
Impressive how difficult it still is to convince people to drink German wine.
The trauma of the blue bottle was so deep that even when they enjoy german wine, people do not have the courage to say they do. When in a blind tasting, studentes love some wine and then, later, I tell them it is German, they frown,they look ashamed of having loved a german wine……. yuck, German wine … As an educator, my job is to show what serious German winemakers have been doing making serious changes in their viticulture and work hard to produce great wines.
Here’s an example. Much more expensive than a blue liebfraumilch bottle, but it is something that represents well the good German viticulture.
A super open and clean scent, like a fruit stand, or a salad of white fruit, peaches, red apples, mixed with various flavors and intense without being over the top. A very light mineral, resembling something of lime and gas. The palate had a delicate sweetness of white fruit as well, great acidity, refreshing and a fine spiceness, like white pepper, like carbon dioxide. A final delicate, long, delicious, precious.
Egon Müller Scharzhof 2009 – Riesling – Mosela, na Ravin
Tags: egon müller, garrafa, german wine, liebfraumilch, ravin, riesling, vinho alemão, vinho garrfa azul
2 de fevereiro de 2012 às 16:52 |
Grande post Alexandra! O intéressante e’ que este trauma e’ o mesmo em outras partes do mundo. O mesmo ocorreu nos anos 80 em NY, SF e LA onde hoje o Riesling Alemao e’ muito bem aceito, porem em regioes mais remotas dos EUA o trauma continua. Em Londres ocorreu o mesmo no anos 90. Uma geracao inteira com mas memorias de ressacas horriveis durante a juventude nos anos 60 e 70. E’ uma pena que a Alemanha tenha criado uma imagem tao ruin para um dos melhores vinhos brancos do mundo, especialmente para um clima como do Brasil. Eu vou mais alem e diria que o Riesling Alemao, Trocken, Feiherb e Liebelich e’ o vinho mais indicado para o perfil do brasileiro, da nossa cozinha e do nosso clima. Limpo, vibrante, suculento e’ ate’ um pouco nervoso as vezes, o riesling alemao nao e’ intimidado por comidas picantes nem acidas. Nao existe outra regiao no planeta que produz niveis mais altos de acidos em vinhos. Recentemente eu me deliciei com um Weingut Heinz Nikolai Erstes Gewachs 2008 que harmonizou fantasticamente com uma feijoada, sem faltar laranja e malagueta. Um vinho encorpado, denso e poderoso, com 13% de alcool, 8.9 de acido e 11.5 de residual de acucar. Os Alemaes sao otimos para venderem seus carros, porem pessimos para venderem seus vinhos. Estes “Kellereien” (negociants) mataram a imagem do vinho alemao com os garrafazul, Piesporter, Zeller Schwarzer Katze e Liebfraumilch. Mas isto esta mudando atraves de um trabalho quase apostolico.
Em breve estarei importando um selecao de dar agua na boca
Zum Wohl!
Savio
2 de fevereiro de 2012 às 16:59 |
seu comentário aportou muito ao post. valeu!!!
15 de setembro de 2012 às 12:18 |
Olá Alexandra,
Adoro as suas dicas e não perco uma na Band News FM. Vou viajar para Munique em janeiro/2013 e gostaria de uma ajuda sobre os vinhos alemães. Quais produtores/tipo devo comprar? Posso degustar esses vinhos brancos alemães em temperatura ambiente?
Obrigada pela sua colaboração
Leila Barbosa.
18 de setembro de 2012 às 9:18 |
Sobre produtores, na coluna você encontra 4 bons. Agora, sugiro que você, quando chegue lá, procure uma loja de vinhos legais e se informe por lá. Sem dúvida eles terão informações muito mais atuais dos que a que eu posso te dar. Sobre a temperatura, não, você não deve tomá-los a temperatura ambiente, a não ser que você esteja no inverno na Alemanha. Eles devem ser tomados frescos. No entanto, nunca gelados. abraço
20 de setembro de 2012 às 21:38 |
Obrigada. Vou fazer isso. Beijos.
Leila Barbosa
30 de outubro de 2012 às 12:57 |
onde consigo comprar vinho alemão garrafa azul Liebfraumilch
21 de março de 2013 às 23:27 |
em qualquer supermercado