Vinho do deserto

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Acabei de abir uma garrafa do Gilad, da vinícola Kadesh Barnea, um vinho  kosher que trouxe das terras quentes de Israel. Não só quentes, desérticas, literalmente. Este vinho é produzido no deserto do Negev, extremo sul de Israel. O que pode parecer quente demais, na verdade é um clima ideal, de dias quentes e noites frias – que ajudam a manter o equilíbrio de açúcares e acidez natural no vinho.

vinhedos no deserto de Kadesh Barnea.

Feito com Cabernet 100%, o vinho em já uma cor evoluída, mas densa. No nariz também, é denso, mas evoluído, com toques de couro e castanha portuguesa. Tem uma nota de couro e de barrica velha, pimenta, especiaria picante e algo de carne.

Apesar dos tons cansados no nariz, na boca tem um jovialidade surpreendente. Ótima acidez, frescor, taninos firmes, muito fininhos, elegantes, tudo bem fundido e magro, com um toque terroso no final.

Não está disponível no Brasil, mas vale a pena conhecer se viajar para Israel  ou para os EUA que são grandes importadores de vinhos de lá. Falando em ir para Israel, no próximo post informações sobre uma viagem que conduzirei pelos vinhedos de lá, ao lado da chef Andrea Kauffman, que nos levará nos lugares mais legais de Israel para comer.

Wine from the desert

I have  just opened a bottle of Gilad, from the Kadesh Barnea Winery, a kosher wine I brought back from the hot lands of Israel.Not only hot, literally desert like .This wine is produced in the Negev Desert ,in the extreme south of Israel. What appears to be too hot, is the ideal climate , hot days and cold nights – which help to keep the balance between the sugar and natural acidity in the wine. 

Made from 100% Cabernet, already in an evolved colour , but dense. On nose it is also dense, but evolved,  with hints of leather, and Portuguese chestnut. It has a leather  and old barrel note, pepper, hot spices and something meaty.

Despite the tired tones on nose, on palate it is surprisingly jovial. Great acidity, freshness, firm tannins, very fine, elegant , all well fused and thin with an earthy touch at finish.

It is not available in Brazil, but it is worth knowing when you visit Israel or the USA , who are great importers of  wines from there. Speaking of  going to Israel, in the next post find information about a trip I will be heading through vineyards from there, accompanied by Andrea Kauffman, who will take us to the coolest places to eat in Israel. 

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2 Respostas to “Vinho do deserto”

  1. sandro silva Says:

    Olá, Alexandra!
    Aproveitando sua dica do Gilad, gostaria de lhe perguntar se você já teve a experiência de importar vinhos por conta própria, adquirindo de alguma loja no exterior. Tenho notado que muitos rótulos legais não chegam por aqui, em que pese o aumento da atividade de importação de vinhos nos últimos anos. Será que vale a pena?
    Um abraço,
    Sandro

    • sommelierprofissional Says:

      Oi Sandro, obrigada por escrever. Sei que há muitos vinhos legais por descobrir, mas há muita dificuldade na importação e eu não tenho muita vontade de trabalhar com comércio de vinhos. Aos poucos eles chegarão mais e mais ao Brasil…espero. abração

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